Resistência à Insulina: Um Risco para Saúde

A resistência à insulina é uma condição metabólica em que as células do corpo não respondem adequadamente à insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas que regula os níveis de glicose no sangue.

Essa condição é um precursor comum do diabetes tipo 2 e está associada a várias outras complicações de saúde, incluindo doenças cardíacas e obesidade.

O Que é Resistência à Insulina?

Quando consumimos carboidratos, eles são convertidos em glicose (açúcar) no sangue. A insulina permite que as células do corpo utilizem essa glicose como fonte de energia. Na resistência à insulina, as células tornam-se menos sensíveis à insulina, forçando o pâncreas a produzir mais insulina para ajudar a glicose a entrar nas células. Com o tempo, isso pode levar ao esgotamento do pâncreas e ao aumento dos níveis de glicose no sangue, resultando em pré-diabetes ou diabetes tipo 2.

Critérios de Diagnóstico

Geralmente, ela é diagnosticada com base em uma combinação de fatores clínicos e laboratoriais. Os principais critérios incluem:

Níveis de glicose em jejum elevados: Um nível de glicose em jejum entre 100 e 125 mg/dL indica pré-diabetes. Níveis acima de 126 mg/dL podem indicar diabetes.

Níveis elevados de insulina em jejum: Níveis altos de insulina no sangue podem sugerir que o corpo está produzindo mais insulina para compensar a resistência.

HOMA-IR: O índice HOMA-IR (Homeostasis Model Assessment of Insulin Resistance) é um cálculo que utiliza os níveis de glicose e insulina em jejum para estimar a resistência à insulina.

Síndrome metabólica: A presença de três ou mais fatores de risco, como obesidade abdominal, pressão arterial elevada, níveis elevados de triglicerídeos, baixos níveis de HDL (colesterol “bom”) e altos níveis de glicose em jejum, pode indicar resistência.

Resistência à Insulina no Brasil

A resistência à insulina é uma condição comum no Brasil e no mundo. De acordo com estimativas, cerca de 30% a 35% da população brasileira adulta pode apresentar resistência à insulina. Este número é preocupante, pois a resistência à insulina é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, que afeta milhões de pessoas no país.

Estratégias de Tratamento: Dieta Low Carb

Uma das estratégias mais eficazes para gerenciar e potencialmente reverter a resistência à insulina é a adoção de uma dieta low carb (baixa em carboidratos). Este tipo de dieta enfatiza a redução da ingestão de carboidratos e o aumento do consumo de proteínas e gorduras saudáveis.

Benefícios da Dieta Low Carb para a Resistência à Insulina:

  1. Redução dos níveis de glicose no sangue: Ao consumir menos carboidratos, os níveis de glicose no sangue diminuem, reduzindo a demanda por insulina.
  2. Melhora da sensibilidade à insulina: A redução dos níveis de insulina e glicose pode melhorar a sensibilidade das células à insulina.
  3. Perda de peso: A dieta low carb é eficaz na perda de peso, especialmente na redução da gordura abdominal, que está fortemente associada à resistência à insulina.
  4. Redução dos triglicerídeos: Dietas low carb têm demonstrado reduzir os níveis de triglicerídeos, melhorando o perfil lipídico e diminuindo o risco de doenças cardíacas.

Exemplo de Alimentos em uma Dieta Low Carb:

  • Proteínas: Carnes magras, peixes, ovos.
  • Gorduras saudáveis: Abacate, nozes, sementes, azeite de oliva.
  • Vegetais de baixo amido: Espinafre, brócolis, couve-flor.
  • Laticínios integrais: Queijos, iogurte natural.

A adoção de uma dieta low carb pode ser uma estratégia eficaz para melhorar a sensibilidade à insulina e promover a saúde metabólica. Se você suspeita que tem resistência à insulina, consulte um profissional de saúde para um diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado.

 

INFORMAÇÕES

Milu Leão

Natural Chef especializada em gastronomia funcional.

Pós graduada em Neurociências, Psicologia Positiva e Mindfulness.

Graduada e pós-graduada em turismo e hotelaria.

Atuou como docente em cursos livres no SENAC PR e em Universidades.

Fundadora do Instituto COMIDA DE VERDADE, onde desenvolve um trabalho como coach e mentora, ensinando como a alimentação saudável pode ser um ato de autocuidado.